A Administração Municipal de Criciúma, por meio da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial de Criciúma (Copirc) vai lançar na próxima segunda-feira (20) a campanha “Racismo é crime. Denuncie!”.
O objetivo é encorajar vítimas de crimes raciais a realizarem a denúncia e promover a reflexão dos possíveis agressores. O evento ocorre no Salão Ouro Negro, a partir das 19h, com a palestra do advogado e criminólogo-pesquisador, Luciano Góes. Um dos temas abordados é a diferenciação entre crime de racismo e injúria racial.
De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Educação para Diversidade Étnico-racial (PMEDER), Lívia da Silva, a criação da campanha foi motivada por relatos e denúncias recebidas nos últimos meses, que revelam a expressão do racismo, consequência do contexto social e histórico da população negra no município de Criciúma. “Essa campanha vai encorajar as vítimas de preconceito a denunciarem a situação e também evidenciar que o racismo é crime”, adiantou.
Para a coordenadora da Copirc, Dainara Passos, é importante destacar que Criciúma foi o município que mais recebeu imigrantes no estado de Santa Catarina no ano de 2014. Foram mais três mil pessoas vindas do Haiti, Gana e Senegal que, somados ao número de imigrantes de várias partes do Brasil, têm aumentado a demanda populacional afrodescendente no município.
População negra em Criciúma
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-2010), a população negra criciumense soma 13.861 pretos e 11.642 pardos, totalizando 25.503, ou seja, 13,26% da população municipal.