A equipe técnica do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), da Secretaria de Assistência Social de Içara, realizou na tarde sexta-feira, dia 17, no Sindicato dos Aposentados de Içara, uma ação com 150 professores, diretores e auxiliares da Rede Estadual. Por meio de situações baseadas em casos reais, equipe técnica e educacional discutiram como a escola pode contribuir para promoção de direitos e para a prevenção e o enfrentamento de todas as formas de violência familiar e institucional. A Ação é alusiva ao dia 18 de maio, lembrado neste sábado, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
“Na ocasião, eles conheceram todos os serviços da Secretaria, aprenderam a como identificar comportamentos nas crianças/adolescentes. A mulher, por exemplo, consegue buscar ajuda, mas as crianças e adolescentes precisam ter alguém que fale/denuncie por eles, e os professores são fundamentais neste processo, esse é o objetivo da formação, conscientizá-los para que identifiquem essas situações nos seus alunos”, enfatizou a coordenadora do Creas, Lucia Zanolli.
Entre 2018 e 2019, 800 professores da Rede Municipal foram contemplados com as orientações. Nesta sexta-feira, foi a vez das nove escolas estaduais içarenses. “O trabalho em rede é fundamental para viabilizar parcerias para nossos alunos. O trabalho do Creas fortalece a escola, principalmente pelas dicas de prevenção. Nós só temos a agradecer”, destacou a gerente regional de Educação, Ronisi Guimarães.
“O trabalho em rede entre educação, municipal e estadual, junto à secretaria de assistência social, é vital para a defesa e garantia dos direitos das crianças e adolescentes. A medida que essa rede vai se fortalecendo, vamos dando dignidade para essas crianças. Com uma boa estrutura psicossocial, ela consegue dar saltos de desenvolvimento”, pontuou o prefeito Murialdo Canto Gastaldon, que prestigiou o início da formação.
De maio de 2018, até o presente mês, 82 casos de violência foram registrados pelo Creas no Município. Destes 82, 57 são referentes à violência sexual, os demais se dividem entre violência física, psicológica, negligência e alienação parental. “Caso o professor ou outro profissional perceba ou constante a violência, o mesmo pode encaminhar a situação para o Creas ou Conselho Tutelar fazer os devidos encaminhamentos”, explica a assistente social Daniela Militão. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 3431-3572 (Creas), ou pelo disque 100, onde é possível denunciar sem ser identificado.
