Os detentos do Presídio Regional de Criciúma possuem oportunidades de trabalho e de ressocialização. O projeto Segunda Chance é uma iniciativa da Secretaria de Assistência Social e Habitação, que contempla as comunidades por meio da mão de obra dos apenados, que atuam na construção de bocas de lobo, meios fios, pavimentações, entre outros serviços.
“Eu fui a primeira pessoa a trabalhar na fábrica de lajotas, dentro do presídio Santa Augusta. Hoje eu sou como um espelho para eles, afinal, só quem passou por isso lá atrás é que conhece os verdadeiros valores”, conta o presidente do bairro São Francisco, que também atua fiscalizando os serviços do Segunda Chance, Antonio Córdova de Oliveira. Desde 2017, cerca de 400 apenados já foram beneficiados. Atualmente, o projeto conta com 37 colaboradores que carregam até quatro caminhões com meios fios, além de fabricar 470 blocos, 380 meios fios e 38 bocas de lobo de forma manual e diária.
Além dos apenados que trabalham na intendência da Santa Luzia, cinco ficam na Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri) e três na intendência do Rio Maina. O projeto também auxilia outros órgãos que solicitam os serviços. “Aqui é uma grande oportunidade, sem dúvidas. É um trabalho árduo, mas é bom. Eu trabalho na produção eu gosto daqui, é melhor do que ficar trancado. Mais para frente a gente pode arranjar um serviço por causa desse aprendizado”, diz um dos apenados da intendência da Santa Luzia.
Podem participar do Segunda Chance aqueles que estão em regime semiaberto, possuem bom comportamento e são autorizados pela justiça. Os participantes recebem um salário mínimo, sendo que 25% é destinado ao fundo penitenciário e a cada três dias de trabalho, é reduzido um dia de pena.