Durante o encontro, realizado na sede da entidade, os empresários apresentaram reivindicações à administração municipal.
Entre as demandas elencadas, estão a atenção a obras estruturantes, como a conclusão da Cidade dos Transportes, conhecida como Porto Seco. “A Câmara se comprometeu a destinar recursos para essa obra, assim como o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Garcia, e os empresários também vão fazer aportes para concluir a pavimentação. Por que não viabilizar urgentemente o Porto Seco?”, questionou o presidente da Acic, Moacir Dagostin, solicitando o empenho do município nesse sentido.
“O Porto Seco vai ser pavimentado, mas primeiro, vamos dar atenção às áreas industriais”, afirmou Salvaro, levando Dagostin a sugerir uma nova reunião para debater exclusivamente esse assunto. O prefeito também se comprometeu a discutir a revisão do Plano Diretor, nas margens da Via Rápida e do Anel de Contorno Viário, criando cinturões de desenvolvimento ao longo das rodovias, conforme sugerido pela entidade empresarial.
As reivindicações abrangeram também ações ligadas à atração e manutenção das empresas; planejamento para o desenvolvimento do município a curto, médio e longo prazo; a concessão de benefícios tributários, fortalecimento do sistema de saúde pública com a ampliação no número de leitos de UTI no Hospital São José e a transferência do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para outro local. Uma carta com demandas elencadas pela Associação de Jovens Empreendedores de Criciúma (AJE) também foi entregue ao prefeito, tendo como principais pontos a desburocratização e a desoneração às empresas.
Além dos representantes do município e dos integrantes da diretoria da entidade empresarial, participaram da reunião coordenadores de núcleos setoriais da Acic.
Reflexos da Covid-19
“Nesse momento, estamos trabalhando para salvar vidas”, declarou Salvaro, ao comentar as ações do município no combate à pandemia de coronavírus. “Mas, temos que tocar a economia para a frente. Por isso, a importância do equilíbrio”, defendeu o prefeito. Segundo ele, o município elabora um plano de retomada da economia, pós-pandemia de Covid-19.
De acordo com o diretor de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, Claiton Pacheco, apesar de a crise de saúde pública ter gerado reflexos na economia do município, não impediu que no primeiro semestre houvesse aumento no número de empresas instaladas. “Entre janeiro e junho de 2019, foram abertas 1.125 empresas e fechadas 37. No mesmo período deste ano, foram 1.390 empresas abertas e 28 fechadas. A procura por terrenos também aumentou e os projetos de expansão foram mantidos”, informou.
De acordo com o secretário municipal da Fazenda, a perda de receita por parte do município foi menor do que o projetado em razão da pandemia. “O retorno do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) teve queda de 10%. Isso mostra que a atividade econômica não teve o decréscimo esperado”, pontuou Celito Cardoso.