O relatório do segundo pedido de impeachment, feito pela relatora, a desembargadora Rosane Wolff, será julgado pelo tribunal. Caso ela recomende que os integrantes aceitem a denúncia e o documento seja aprovado por pelo menos seis votos, o governador será afastado temporariamente do cargo e haverá um julgamento do caso.
Porém, se a relatora recomendar que a denúncia seja rejeitada ou os membros do tribunal votem para que o documento não seja aceito, o relatório é arquivado e o caso, encerrado, informou a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
Além da compra dos respiradores, o segundo pedido de impeachment também é motivado pela tentativa de contratação de um hospital de campanha em Itajaí em abril do ano passado. O governador anunciou o cancelamento da negociação um dia após a Justiça ter suspendido a contratação pela segunda vez.
Moisés chegou a ficar afastado por um mês no final do ano passado por causa do primeiro pedido de impeachment, relacionado ao aumento salarial dado aos procuradores do estado. Nesse período, Santa Catarina foi governada pela vice dele, Daniela Reinehr (sem partido).
Nesta sexta, a sessão de julgamento vai ocorrer por teleconferência, conforme determinação do presidente do tribunal de julgamento e também presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Ricardo Roesler, por causa da pandemia da Covid-19. O decreto estadual em vigor proíbe eventos sociais.
Na terça (23), o deputado Ivan Naatz (PL) chegou a protocolar um pedido para que o processo fosse suspenso. Ele questionou a presença do deputado José Milton Scheffer (PP) no tribunal por ele ser da bancada de apoio de Moisés na Alesc. O pedido seguia em análise até a noite desta quinta (25).