Abrir um negócio exige comprometimento, persistência e investimento, seja ele de tempo ou dinheiro. Pensando na importância de atrair esse capital, que dá aquele empurrãozinho no surgimento de um negócio, a Abadeus Centro de Inovação Social organizou uma capacitação para os empreendedores que passaram por sua pré-incubadora em 2022. O encontro teve como objetivo preparar esses empreendedores para apresentarem suas ideias a potenciais investidores.
“A Abadeus tem um papel fundamental para desenvolver a cultura da inovação, do empreendedorismo e da tecnologia. Aqui damos o suporte para que a solução de dificuldades sociais saia de dentro da comunidade, e que seus próprios moradores mudem a realidade da região”, relata a diretora-executiva da entidade, Shirlei Monteiro.
Conforme o gestor de inovação da Abadeus, Maicon Canever, a capacitação foi feita sob demanda, pois três empresas que passaram pela pré-incubadora – e transformaram suas ideias em CNPJ – foram habilitadas para a próxima etapa do Inova Criciúma. O programa do município apoia o surgimento de 10 startups com um aporte de até R$ 25 mil cada. As empresas Fast Jobs, a Eletrônica e Automação para Energia Solar e a Análise de Público através de Visão Computacional estão entre as 35 aprovadas na primeira fase.
Na capacitação, os alunos aprenderam a elaborar o chamado pitch, que é exigido na próxima fase do Inova. “Trata-se de uma apresentação curta e persuasiva, utilizada para vender uma ideia, projeto, produto ou serviço. Geralmente um pitch é entregue em tempo limitado, e pode ser usado em exposições de negócios, eventos de networking, concursos de startups e até mesmo em entrevistas de emprego”, explica Canever.
O workshop foi conduzido pelo diretor da Next Fit, Douglas Waltricke. A startup criciumense, que fornece um sistema de gestão e apoio para academias, já capitou R$ 5,5 milhões em aportes financeiros, inclusive de origem estrangeira. No encontro foi abordada a estrutura ideal de um pitch, qual o passo a passo para elaborá-lo e quais tópicos são essenciais incluir. Além disso, os alunos aprenderam técnicas de comunicação e convencimento e, por fim, puderam esclarecer dúvidas pontuais.
“Para um bom pitch é necessário confiança, que se adquire com prática e estudo; capacidade de retórica, para convencer a plateia e os jurados, e para isso é preciso apresentar dados, exemplos e um bom produto; e uma boa oratória, fazendo usos de técnicas como fala pausada, uso do espaço do palco, além de se estar atento à postura e linguagem corporal”, elenca Waltricke.