Durante a investigação a Polícia concluiu que o investigado era pastor de igreja evangélica com denominação própria e que atuava em Criciúma, Forquilhinha e Balneário Rincão. Ele também comandaria encontros religiosos em outras cidades.
Ainda segundo apurado pela polícia o acusado era visto como um profeta e operador de milagres. Para os fiéis, ele era dotado de poderes mediúnicos e capaz de incorporar o anjo de seus seguidores. O pastor realizaria sessões fora da igreja, em locais isolados e em regiões de mata onde prestava atendimento individualizado onde os fiéis acreditavam que estavam conversando com seus anjos.
Segundo o delegado Fernando Guzzi, o homem alterava a voz e as feições faciais. O pastor apresentava ainda atos de supostos poderes sobrenaturais e adivinhações de segredos das vítimas.
Nestas situações algumas mulheres, em desespero por problemas de saúde, familiares e financeiros eram convencidas que para alcançar a tão sonhada cura espiritual deveriam consentir em práticas sexuais.
Até o momento três mulheres procuraram a polícia para denunciar o caso, mas o delegado não descarta que existam outras vítimas. Contra estas três mulheres já foi comprovada a prática de 15 violações sexuais. Há ainda outras duas mulheres que não consentiram com o fato e foram alvo de atos libidinosos, que configuram crime de importunação sexual. Os fatos ocorreram entre 2018 e 2020.