O museólogo Leonardo Hermes Lemos conta que este trabalho foi contemplado pelo Prêmio Elisabete Anderle, de 2020. “Encaminhamos ele para uma restauradora, em Florianópolis, que era capacitada para realizar este tipo de trabalho que é carregado de detalhes. Foram seis meses de trabalho para deixar o livro como ele está agora, com todas as páginas recuperadas”, conta.
O livro dos imigrantes é o documento mais antigo que o município tem no acervo. É um dos primeiros documentos de registro da história de Nova Veneza. O exemplar tem o nome de todos os imigrantes que entraram na colônia, a partir de 1891. Em torno de 450 a 500 famílias. “A partir de agora, vamos estudar a melhor forma de digitalização desse acervo. Temos a ideia de disponibilizar de forma virtual, para que as pessoas tenham acesso a este conteúdo, porque recebemos solicitações para ter esse conteúdo”, revela Lemos.
O museólogo ainda lembra que o acervo do museu conta com 450 documentos, que também estão em processo de restauro. “Priorizamos a recuperação deste, especificamente, porque acreditamos que ele tem um valor muito grande para a história de Nova Veneza. E por isso, pensamos em finalizar os trabalhos exatamente neste mês, que é quando o município completa 130 anos”, pontua o museólogo.
A secretária de Cultura, Esporte e Turismo, Carolina Ghislandi, fala que o documento é importante para contar a história de todas as famílias do município. “Esse livro vai manter viva uma parte da história fundamental para que a gente compreenda o processo imigratório italiano, em Nova Veneza. Com isso, mantemos o registro do que de fato aconteceu há 130 anos quando começamos a construir esta história, por isso acreditamos que esse livro é fundamental para resguardar as origens de todas as famílias que aqui vivem”, lembra.