No verão todos nós somos impactados pela elevação da temperatura, no entanto, as pessoas acima de 65 anos sofrem mais e têm os riscos com problemas de saúde elevados. Os sintomas mais comuns nesta época do ano, são a desidratação e a hipertermia que é o aumento da temperatura corporal (acima de 37ºC) devido ao calor externo e eles podem levar a outras complicações graves.
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, entre os sinais de que o corpo está desidratado estão lábios e língua secos e redução da quantidade de urina. Também podem ser observadas alterações como confusão mental, dor de cabeça, tonturas, fadiga e mal-estar. De acordo com a entidade, sintomas de alerta para hipertermia, também conhecida como insolação, são contraturas musculares, náuseas, vômitos, dor de cabeça, fraqueza, tonturas e até mesmo convulsões. “Com o envelhecimento, a composição corpórea é alterada, mantendo apenas 40% de água no corpo. Devido isso, pessoas com mais idade possuem maior dificuldade em manter a temperatura corporal”, explica o geriatra Alvaro Barcelos Jr.
De acordo com o especialista essa dificuldade natural de se adaptar ao calor traz diversas consequências que podem ser evitadas com alguns cuidados. “Uma das complicações decorrentes do calor é a pressão cair repentinamente, o que aumenta o risco de quedas e traumas, que podem ser muito sérios em idosos”, destaca. Entre as ações preventivas, segundo o médico estão: tomar água e sucos pelo menos um litro por dia e alimentação leve. “A atenção deve ser redobrada com os alimentos que podem estragar rapidamente e levar a uma intoxicação alimentar, com diarreia e vômitos que pioram o quadro de desidratação. É uma época bem delicada, principalmente pela questão das férias. Muitas vezes a família viaja e o idoso não quer ir, então é preciso estar atento”, salienta Barcelos Jr.
Aos idosos que têm o hábito de fazer atividades ao ar livre a recomendação do geriatra é optar pelos horários com temperatura mais amenas, usar protetor solar e bonés.