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Profissionais da Saúde fazem ato em defesa de Piso Salarial

Um ato e assembleia pela implementação do Piso Salarial da Enfermagem irá unir os trabalhadores do serviço privado e público na próxima terça-feira, 14 de fevereiro, a partir das 17h, no Parque das Nações, em Criciúma. A mobilização acontece em todo o país organizada por sindicatos, federações, confederação dos trabalhadores da saúde e demais entidades. O protesto pela viabilização e pagamento urgente do piso aos profissionais poderá definir uma greve geral no dia 10 de março.

Após luta e mobilização dos trabalhadores, que se arrastou por mais de 20 anos, o PL 2564/2020 de autoria do Senador Fabiano Contarato (PT – Espírito Santo), foi aprovado em novembro de 2021 no Senado Federal, em julho de 2022 no Congresso Nacional e foi sancionado dia 04 de agosto pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro. Os profissionais da saúde são uma das poucas categorias no Brasil sem um piso e, desta forma ficaram definidos os valores: R$ 4.750,00 para enfermeiros, 70% desse valor para os técnicos de enfermagem R$ 3.325,00 e 50% para auxiliares e parteiras R$ 2.375,00 Após pressão das empresas, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o pagamento do Piso Salarial da Enfermagem no dia 04 de setembro de 2022. (mais informações no final do texto).

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido analisa que mais uma vez, os representantes patronais e justiça estão indo na contramão do trabalhador. “Já houve aprovação das leis no Congresso e Senado Federal no final do ano passado viabilizando custeio para o pagamento, mas, infelizmente para uma categoria que tanto merece este direito ainda não está contemplado na folha de pagamento dos trabalhadores”, critica Cleber. Conforme ela, na Assembleia unificada com os servidores públicos de Criciúma e Içara serão definidas as próximas ações e a possibilidade de paralisação.

“A enfermagem não quer aplausos, nem ser chamados de anjos, precisam ser reconhecidas como trabalhadores e trabalhadoras e valorizados pela função que exercem na sociedade que é de suma importância. Não adianta conquistar uma lei nacional de piso, se o mesmo não for colocado em prática”, dispara a presidente do Sindicato do Sindicato dos Servidores Públicos de Criciúma e região (Siserpi), Jucélia Vargas.