Política

Amrec solicita que Estado assuma o Santa Catarina

Um novo pedido foi feito para a Secretaria de Estado da Saúde quanto ao Hospital Materno-Infantil Santa Catarina (HMISC), em Criciúma. Desta vez, o presidente Amrec e prefeito de Siderópolis Helio Cesa, o Alemão (MDB) encaminhou um ofício em nome de todos os prefeitos para o secretário de Estado da Saúde Acélio Casagrande solicitando que o Estado se responsabilize também pelo Pronto Socorro (PS) da instituição hospitalar. O pedido da manifestação foi solicitado pelo prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), na reunião de prefeitos da Amrec, na semana passada.

No documento Alemão reforça a solicitação para que o Estado assuma também as internações pediátricas, maternidade, UTI e Banco de Olhos, o que de acordo com a secretária de Saúde de Criciúma, Francielle Gava, já está bem encaminhado. Contudo, conforme a secretária, reiterando os pedidos dos prefeitos, o Estado precisa também assumir o Pronto Socorro.

Porta referenciada

Segundo Francielle, mesmo que os atendimentos de urgência e emergência sejam repassados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h, já que a intenção é tornar o HMISC um hospital de porta referenciada, ou seja, atenda apenas casos que necessitem de internação, o PS continua sendo procurado pela população. “Um exemplo é o Hospital São José. Ele diminuiu de aproximadamente 12 mil atendimentos para quatro mil ao mês depois que se tornou porta referenciada. No entanto, continua atendendo no PS e, se atende, há gastos, que no caso do HMISC não podem ser bancados por Criciúma”, explica a secretária.

Atualmente, o HMISC atende em média 4,5 mil crianças por mês. Destas, de acordo com a secretária, 30% são de fora de Criciúma.

Custeio será discutido mais adiante, diz Casagrande

Conforme o secretário Acélio Casagrande, o combinado com o prefeito Salvaro é que a discussão de quem vai custear o que no HMISC se dará após a conclusão da obra de reforma e ampliação da Central de Material Esterilizável (CME), que está sendo feita com o R$ 1 milhão que o Estado repassou para o Município, assim como a revisão da parte elétrica, que também está sendo feita com R$ 160 mil repassados. “Esta parte deverá levar ainda cerca de dois meses. Então, a discussão de custeio da gestão compartilhada ocorrerá mais lá na frente”, ressalta.

O secretário lembra que, em princípio também ficou acordado que o PS ficaria a cargo do Município porque já vai deixar de pagar as internações, UTI, etc. “O prefeito Salvaro sempre dizia que não aceitaria era custear além do que está pagando hoje. Respeito muito a solicitação dos prefeitos da Amrec, porém, não será discutido este assunto agora”, pontua Casagrande.