Detalhes que passam despercebidos ou até mesmo invisíveis para quem vive diariamente na Unesc, mas que para algumas pessoas fazem total diferença. Calçadas irregulares, rampas íngremes e sinalização incorreta são alguns, entre outros, itens levantados pelos integrantes de uma comissão interna da Universidade que trabalha na melhoria da acessibilidade da Instituição. Nesta quinta-feira (13/6), o grupo realizou uma vistoria no campus, apontando os principais detalhes que necessitam de um olhar especial da Universidade.
O grupo formado por professores, acadêmicos, colaboradores e gestores, que visa estudar medidas internas para se adequar a todos os tipos de acessibilidade, como a atitudinal, comunicacional, física ou arquitetônica, pedagógica e tecnológica, se dividiu em dois pequenos grupos para vistoriar o campus da Universidade. Um grupo partiu do bloco Administrativo e outro das Clínicas Integradas, finalizando os percursos ao se encontrarem no Ginásio Antônio José Carrilho.
De acordo com o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional e presidente da comissão, Thiago Fabris, as ações visam a inclusão e a vivência plena no campus. “A Unesc já tem diversas ações estruturais e organizacionais pela inclusão e acessibilidade no campus, e essas medidas que estamos estudando, tem o objetivo de melhorar ainda mais esses pontos dentro da Universidade”, explica. Outras reuniões prévias já foram realizadas pelo grupo, que atualmente se encontra na fase de análises do campus. “Depois disso, iremos realizar um planejamento tanto orçamentário quanto de execução para corrigir os pontos levantados”, acrescenta.
Vivendo na pele
Entre os integrantes da comissão está Aline Eyng Savi. Professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesc, Aline é cadeirante e, com a sua concepção, pode colaborar para levantar os pontos observados diariamente por ela. “Apesar das tantas medidas de acessibilidade que já temos na Universidade, temos alguns aspectos que estamos observando hoje e que podemos levantar”, coloca.
A mesma realidade é vista pelo cadeirante e acadêmico da 8ª fase do curso de Educação Física, Jeferson Francisco. De acordo com ele, as calçadas irregulares, os locais estreitos de passagens e as rampas íngremes são os principais obstáculos. O acadêmico de Direito, Elias Moraes, é deficiente visual e os principais empecilhos apontados por ele são a falta de piso tátil em alguns locais e setores da Universidade e a conscientização da comunidade acadêmica, já que muitas vezes são colocados objetos e obstáculos em cima do piso tátil.
Importantes medidas
Conforme Fabris, as medidas vão de encontro com a missão da Unesc, que visa promover a qualidade e a sustentabilidade do ambiente de vida. “Essas medidas são primordiais para uma total inclusão na Unesc, para que todos, portadores de todas as deficiências, possam conviver bem dentro da Universidade”, enfatiza.
De acordo com Moraes, ações como essa são importantes e representam a preocupação da Unesc na mobilidade. “Nos dá autonomia para nos locomovermos e podermos viver bem na Universidade”, comenta. “É de total importância, pois pequenas ações como essa nos dão acesso para qualquer lugar da Universidade”, finaliza Francisco.