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Ele está de volta: Park Tupã é a alegria para Criciúma e região

Não é de hoje que parques de diversão despertam a alegria de crianças e adultos. A magia e encanto vão desde encarar a adrenalina da Monta-nha-russa ao passeio na Roda gigante. Dentre tantos parques, o Park Tupã está levando diversão, de geração em geração, há 40 anos. A administradora do parque, Ângela Paim, afirma que a rota que o parque realiza é em toda a região Sul, passando principalmente pelas capitais e cidades grandes. É o maior parque itinerante do Brasil, e além de parque de diversão, realizam festas e eventos da região Sul. Uma das características do parque é a importância que dá à família. Segundo Ângela, não há funcionários com pouco tempo de trabalho no parque. Muitos estão trabalhando a 15, 20 e 30 anos. Muitas famílias também foram formadas dentro do parque, que conta com a primeira e segunda geração de profissionais. “Os funcionários são acolhidos como
uma família”, afirma Ângela. Há 25 famílias que fazem parte do Park Tupã. O proprietário do parque, Hugo Aloisio Mayer, veio do circo, mas sua família não era circense. Quando conheceu sua esposa, Índia Mayer, foi algo semelhante aos filmes e novelas: amor à primeira vista. Índia vinha de uma família que tinha um parque de diversão, mas foi com Hugo que teve o desejo de abrir o próprio parque, juntos. Daí a origem do nome (Park Tupã), uma referência ao nome da esposa de Hugo, que de indígena, tem apenas o nome. Hugo e Índia têm uma filha e um neto, que trabalham junto com a família.

Em tempos de crise, é preciso renovar “É difícil se manter em tempos de crise. Não temos apoio cultural, temos que locar o espaço, investir em publicidade e pagar a energia. São muitos gastos”, ressalta Ângela. Segundo ela, atualmente muitos parque não estão conseguindo se manter e, por isso, estão fechando devido à crise. Um dos diferenciais do Park Tupã é a estratégia de especializar cada funcionário em um determinado brinquedo. Não há terceirização nos trabalhos referentes aos brinquedos, desde a manutenção até o momento de operá-los. “O profissional faz curso para aprender a lidar com aquele brinquedo, cada funcionário entende de um específico”, explica Ângela. Para cada público existem as preferências em relação aos brinquedos. O Carrossel é o favorito do público infantil, e os adolescentes ficam deslumbrados ao chegar ao parque quando veem os brinquedos radicais,
tais como Kamikase, Grand Canion e Evolution. Já os mais velhos optam pela clássica Roda-gigante. Mas existe um brinquedo que agrada a todos os públicos de todas as idades – a Montanha-russa.

Vida dedicada aos brinquedos

Ângela trabalhou 25 anos no Beto Carrero World, na assessoria, e está há cinco anos no Park Tupã. Mas, apesar de ter traba-lhado a vida toda ao lado dos brinquedos, morre de medo deles. O único que topa o desafio de ir é no Barco Pirata, brinquedo favorito da neta, apenas para acompanhá-la e manter o título de vovó coruja. Antônio Carlos, marido de Ângela, trabalhava ao lado da esposa no Beto Carrero World. E após a morte do proprietário do parque temático, o casal não suportou continuar o trabalho sem o Beto Carrero e, por isso, após três anos, aceitaram o convite de trabalhar no Par Tupã, onde estão há cinco anos. “Os filhos casaram, queríamos sair e viajar. Já conhecíamos o Hugo e aceitamos o convite”, conta Ângela. Eles pretendem continuar nesse ramo a vida toda, e hoje não conseguiriam mais parar.