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Fé na Eucaristia e gestos solidários na Festa de Corpus Christi

“Narra a história, que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir, em peregrinação, ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo, em Roma, para pedir o dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração, veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sanguíneos e as toalhas do altar sem, no entanto, manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo”, relata o assessor eclesiástico da Comissão Diocesana de Liturgia, padre Maxssuél da Rosa Mendonça.

Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a Igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo (Itália) em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A celebração da festa foi concedida em 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na Quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. Porém, o decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, pois o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na Diocese de Colônia, na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se, primeiro, na Alemanha, depois na França e na Itália.