O atropelamento recorrente de animais silvestres em Criciúma tem preocupado os órgãos de proteção ambiental. Nas últimas semanas, foram encontrados, ao menos, cinco bichos mortos em rodovias do município.
Entre as espécies registradas, estão um furão pequeno, uma capivara, um cachorro do mato, um gato do mato pequeno (em extinção) e um raro tamanduá mirim, na Via Rápida.
“A frequência dos casos de mortes de animais silvestres por atropelamentos é alta. Acredito que isso ocorra todos os dias nas rodovias de Criciúma, sendo o animal o gambá-de-orelha-branca o mais atingido. Mas outros animais também sofrem atropelamentos constantemente, como o cachorro-do-mato, ouriço-cacheiro, tamanduá-mirim e o próprio quati”, destaca o biólogo da Diretoria de Meio Ambiente, Vitor Bastos.
Desequilíbrio ecológico
O biólogo explica ainda que os atropelamentos recorrentes causam muitos malefícios ao meio ambiente, principalmente, porque quanto menos animais dentro das floresta, maiores são os riscos de acontecer um desequilíbrio ambiental, que já é visto no planeta.
“Temos também a questão de que, quanto mais animais morrem, menos informações temos sobre a espécie, por causa da perda do seu patrimônio genético. Quantos mais animais são atropelados, mais a população dessa espécie sofre como um todo, e ao mesmo tempo, perdemos informações valiosas”, afirma.
Ações de conscientização
De acordo com a diretora de Meio Ambiente, Anequésselen Bitencourt Fortunato, a autarquia está realizando a instalação de placas educativas sobre a fauna silvestre com sinalizações como: “reduza a velocidade, animais na pista”, mostrando a foto de animais existentes em Criciúma.
Conforme ela, a melhor forma que as pessoas podem combater isso é a atenção nas estradas durante a noite, quando a visão é comprometida e um grande número de espécies fica mais ativa.
“Sempre é bom prestar atenção na beira das estradas e andar mais devagar nas áreas prioritárias para a fauna silvestre, como a Via Rápida e o Anel Viário do São Simão que, infelizmente, já tiveram vários casos de felinos atropelados”, ressalta.