A hanseníase, uma das doenças mais antigas da humanidade, é ainda considerada um problema de saúde pública no país. Por isso, o movimento Janeiro Roxo foi criado em 2016 pelo Ministério da Saúde (MS) para alertar sobre os sinais e sintomas da doença, além de destacar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento.
Santa Catarina desponta dentre os estados da federação, com uma das menores taxas de detecção de hanseníase. Em 2023, o estado registrou 135 casos na população geral e 4 casos em menores de 15 anos. Já em Araranguá, há apenas um caso registrado e em tratamento.
A hanseníase é causada por uma bactéria, transmitida pelas vias aéreas superiores (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) por meio de contato direto e prolongado com o doente sem tratamento.
Esta é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. O diagnóstico e o tratamento são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em Araranguá, o atendimento é realizado pelo SAE (Serviço de Atendimento Especializado), que está localizado na Av. Sete de Setembro, nº 2790, bairro Vila São José, CEP: 88900-110.
Entre os principais sintomas, estão manchas na pele com alterações da sensibilidade e queda de pelos no local, comprometimento de nervos periféricos, levando à sensação de dormência nas mãos e pés e perda da força muscular.
As pessoas que convivem intimamente com o doente também devem ser examinadas, pois assim poderão ter o diagnóstico na fase inicial, prevenindo a progressão da doença e a instalação das incapacidades físicas e deformidades que geram preconceito e discriminação aos portadores.
Se não tratada na forma inicial, a doença quase sempre evolui, torna-se transmissível e pode atingir pessoas de qualquer sexo ou idade, inclusive crianças e idosos.